segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

São Paulo começa a usar apostila única para orientar professores

Sindicato critica ação do governo de elaborar material para uniformizar aulas na rede pública

Renata Cafardo

As escolas estaduais de São Paulo começam hoje, volta às aulas, a usar um material didático em forma de apostila para orientar professores sobre como proceder e quais conteúdos abordar em sala de aula. Essa é a primeira vez que a rede, com 200 mil professores e 5 mil escolas, tem um material único de proposta curricular para 5ª a 8ª séries e ensino médio.

Os livros elaborados pelo governo funcionam como guias - detalham o que deve ser feito aula a aula, indicam as habilidades dos alunos que precisam ser trabalhadas e propõem avaliações. Mas há quem reclame que o formato massifica a maneira de ensinar.

'Esse material tira o direito do professor de conduzir sua aula', diz o presidente do sindicato dos professores (Apeoesp), Carlos Ramiro, que teve acesso aos livros. Para ele, a proposta curricular é apresentada como 'apostilas usadas em sistemas de ensino particular', numa forma de padronização do ensino.

Ele se refere a grupos como COC, Positivo e Objetivo, dentre outros, que fornecem materiais próprios aos alunos e professores - de suas escolas e de outras - em vez do livro didático convencional. 'Todo ano os professores já faziam a revisão do ano anterior, levando em conta as dificuldades de cada aluno. Agora, vai ser tudo igual.'

A coordenadora de assuntos pedagógicos da Secretaria de Educação, Maria Inês Fini, discorda. Para ela, os livros didáticos comprados e distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Educação (MEC) continuarão a ser usados e os materiais do governo do Estado farão referências a eles, deixando várias alternativas aos professores.

'Quando consultávamos a rede para saber que currículo era praticado, tínhamos 200 mil respostas', diz Maria Inês, referindo-se ao número total de professores nas escolas estaduais. 'Não existia nada sistematizado, a rede precisava de alguma referência até para haver mais justiça na avaliação.'

O material recebeu o nome de 'São Paulo faz Escola' e foi impresso pela Imprensa Oficial. Os mais de 3 milhões de exemplares foram feitos nos formatos de revista e jornal, como o Diário Oficial, que o Estado imprime nas mesmas máquinas.

Professora de ciências de uma escola estadual no Mandaqui, zona norte de São Paulo, Fátima Solange Lavorente não reclama. 'Acho importante que todos os professores trabalhem juntos em um mesmo projeto.' Para ela, a autonomia do docente não está ameaçada. 'Cada um poderá enriquecer as atividades propostas com vídeos ou textos que ache conveniente.'

DIFICULDADES

O material, que será usado de hoje até 30 de março, foi elaborado como forma de recuperação de português e matemática. Foi desenvolvido a partir das dificuldades de aprendizagem dos alunos identificadas pelo Saresp, o exame anual feito pela Secretaria da Educação.

Mesmo aulas de história, por exemplo, serão focadas na leitura e produção de textos. As de geografia e ciências trabalharão as habilidades matemáticas. Depois do dia 30, os professores receberão novas apostilas contemplando todo o currículo do ano letivo.

O material do professor tem formato de revista: cada uma contém de uma a quatro disciplinas. Logo no início, um quadro indica o número de aulas previstas e as habilidades a serem desenvolvidas. Há orientações explícitas de como preparar e aplicar a aula, com tempo estimado e modo de conduzir os estudantes nas tarefas. 'Anuncie o texto que será lido e o seu título, além de outra informação (tema, autor, gênero) que permita aos alunos criar uma expectativa (...). Anote-as na lousa', diz uma das revistas do professor.

No chamado Jornal do Aluno, as disciplinas são divididas como se fossem seções de um jornal diário. Ele começa com um texto da secretária de educação, Maria Helena Guimarães de Castro, dizendo que '2008 será, com certeza, um ano que fará a diferença'. As atividades - as mesmas indicadas no livro do professor - são numeradas e divididas por temas, fichas e aulas. Há textos, ilustrações e jogos, permeados de dicas e conceitos.

História da educação em SP é tema de livro

Será lançado hoje, no Espaço Funarte, o livro Educação, CEU e Cidade: breve história da educação brasileira nos 450 anos da cidade de São Paulo. O evento tem apoio do Instituto Eco Futuro, Instituto Vygotsky e Instituto de Políticas Públicas das Cidades. Haverá palestras sobre os temas Educação e Território; Educação, Cultura e Esporte; e Perspectivas Teóricas para a Educação a Partir de Experiências Inovadoras. Telefone (xx11) 3668-5284.

fonte das matérias: OESP – VIDA& - 18/02/08

4 comentários:

Anônimo disse...

Desculpe o palavriado, mais achei uma verdadeira poca vergonha essa apostila, com muitos erros ortográficos, muita bobagem que não deviamos estar vendo!

Anônimo disse...

Sou aluno de uma escola pública de SP.
Não gostei dessa apostila, ela acaba criando um ensino massivo e não diferenciado para cada realidade dos alunos, além dos erros ortográficos, o conteúdo excessivo e com pouco tempo para passar a matéria, os professores acabam tendo que passar muito texto, fazendo com que a aula fique pouca interativa e cansativa.

Pronto, falei! (escrevi)

Anônimo disse...

Também não gostei das apostilas.. Sem contar que os professores não explicam a matéria e no final das contas a gente tem que fazer os exercícios todos em casa porque não dá tempo de fazer na aula, e em casa não podemos tirar nossas dúvidas sobre o conteúdo.

Anônimo disse...

pow fala sério...
agente ja si fode na porra da escola com aquantidade de trabalho q os filas das putas dos profesor passa.
aí vem o fila da puta do governo e infia uma pâ de apostila no cu dos alunos só pra fude com tudo ...
aí alem de vc ter q levar o maior peso das porra's das apostilas todo o santo dia, e ficar com uma puta dor nas costas...

os fila da puta dos profesor num leva caralho nenhu pra fazer uma aula MAIS MELHOR...rsrs
ja to no maior veneno com o caralho das apostilas...

ou seja, mi fodo levando as porra's das apostilas pra escola, q nem um imbessil d merda o ano todo pra quando terminar o ano eu jogatudo fora...
dinhero ogoverno não me da ,mas de apostila eu to lotado...

renato sts da s DIRETO AO ASSUNTO